Esta semana estive no Kurt, no Leblon para saborear uma fatia de suas tortas irresistíveis. Pedi a que considero uma das melhores, picada de abelha que tem recheio de creme de baunilha e cobertura com nozes e mel, djilicia. O creme chantilly do Kurt é divino, leve, pouco doce, suave, de mestre mesmo.
A confeitaria do Kurt, uma pequena loja fundada por um judeu alemão, há décadas vende tortas e doces de qualidade excepcional. Sua loja confunde-se com a história do Leblon, cujos antigos moradores lembram-se do Kurt que sempre primou pela tradição de tortas alemãs, apfelstruddel, biscoitos, bolo inglês, croissants, a partir do caderno de receitas de sua mãe.
Minha mãe conheceu o Kurt levada por uma vizinha alemã do nosso prédio no Leblon, à sua pequena loja na Av. Ataulfo de Paiva que ficava ao lado da Padaria Rio Lisboa e de um açougue que agora é o Talho Capixaba. A loja era minúscula e o próprio Kurt atendia seus clientes, anotando os pedidos num pedacinho de papel sempre com um largo sorriso e sotaque alemão carregado. Entrar na loja com aquele cheirinho de tortas assando era irresistíve,l e impossível deixar de se render a saborear um de seus doces. A torta mousse de maracujá ou limão, uma nuvem de creme fresco deliciosa em cima de uma base de pão de ló levíssimo, é soberba, amo ! A de damasco idem, a floresta negra, a praliné também dos deuses. Havia pouca variedade de tortas e com o passar dos anos nunca sofreu alteração, seja pela qualidade dos produtos de 1a , o formato clássico das tortas, as receitas absolutamente impecáveis que nunca estavam fora do ponto. Ter uma torta do Kurt para servir em aniversário dava status de qualidade à reunião. O Kurt nunca se rendeu à ambição de abrir filais ou franquias, pois seu compromisso era com a qualidade. Ele dizia que fazia bem porque gostava do que fazia, aliás uma máxima perfeita. Também não havia mesinhas para sentar-se, nem refrigerantes porque dizia que comprometia o sabor das tortas. Só água. Também não se rendeu a modismos de misturas de ingredientes diferentes, como chocolate com morango, manteve suas tortas alemães e austríacas, e ponto. E que não se cometesse a heresia de entrar na loja para pedir brigadeiros, pois nunca teve nada com leite condensado, nem tampouco salgados. Seus clientes fiéis o seguiram por décadas, a loja mudou-se há alguns anos para outra um pouco maior, mas ainda assim pequena, na R. Gal. Urquiza, quase esquina da Ataulfo de Paiva, onde só há 3 mesinhas em seu interior. Segundo sua sobrinha Evelyn “Kurt não queria. Ele dizia que se a gente pusesse mesas ia ficar igual a Luxemburgo, cheio de velhinhas tomando café a tarde toda sem consumir mais nada”, lembra. Hoje em dia, pode-se sentar e deliciar com um doce ou café com biscoitos, ao som de música clássica. Ninguém entra ali por acaso, e quem senta em uma de suas mesas para saborear doces artezanais, também não se demora, pois sabe que estar ali é um privilégio.
A nova loja na Gal. Urquiza. As mesinhas do lado de fora são recentes.
O Kurt faleceu em 2000, mas sua sobrinha Evelyn deu continuidade ao trabalho do tio vendendo as mesmas tortas, biscoitos, bolos e doces e com a mesma qualidade. Graças a Deus !! Ela introduziu algumas tortas diferentes que aparecem aqui.
Acabei não resistindo a um pedaço deste biscoito com damasco.
Há 4 anos as tortas do Kurt são premiadas pela revista Veja como as melhores tortas da cidade. Mas, os mais premiados somos nós seus clientes fiéis. Kurt é patrimônio da cidade do Rio de Janeiro !
Kurt – Rua General Urquiza 117, loja B – Leblon – Rio de Janeiro
Tel} (21) 2294 0599 (21) 2512 4943
UUUhhhmmm!
Agora mesmo é a hora do chá das cinco. Jantar uma dessas tortas seria uma excelente idéia!.
Um abraço doce
Carmenzita,
Djilicia acompanhando um chá, nham
Um abraço doce para você também 🙂
Majô, sou a-pai-xo-na-da pelo KURT desde que eu era um pingo de gente (não que eu tenha crescido muito, tenho menos de 1,60m…). Minhas tortas favoritas são a Orfeu Negro e uma de amoras com chantilly, que eles só fazem no fim do ano. É uma verdadeira instituição leblonense essa lojinha!
Majozinha, na minha próxima ida ao Rio vamos ao Kurt. Tô com água na boca!!!
Doces beijinhos, saudade.
Li
Majô, deveria sair como pergunta: vamos ao Kurt?
Tomara que sim.
Delíííííícia, Majô!!
Constance, somos duas tampinhas, também tenho menos que 1,60m 😉
As tortas do Kurt são um delírio, de uma delicadeza. Me arrependi quando estive lá de não ter comido o mil folhas, que tava como uma cara maravilhosa. Os biscoitos também são divinos. Mas, o pior é que engordam !
Li, a 1a frase já foi decisiva, sim nós vamos ao Kurt !! 😆 Não precisa perguntar porque já aceitei. Imagine se dá pra negar esse convite ? Combinadíssimo, depois temos que caminhar na praia 😉 Vamos fazer a conVNVenção em outubro 😆
Zé, é djilicia mesmo, você nem sabe quanto
Fui para o poço Majô 😦
Sylvia, olhei e não tem nada no poço não 😦
Majô, que super dica. Essa torta estava linda!
Bjs
Debora, e levíssima !! O creme dele é uma coisa e a parte de cima é crocante.
Julio, já fui muito ao Felini, mas há tempos que não vou. Não sei se a Sylvia e o Mario chegaram a ir.
Haha Julio preciso acertar a hora do relógio, tenho achar onde 😉
Ai, Majô, que “deliçura” de post…vou engordar de tanto ficar espiando 😀
Meilin, pior é que quando olho essa foto também fico salivando 😉
Majo,
Voce falou do Kurt e esqueceu que quase em frente na gen urquisa esq com a artur ramos tem um dos melhores restaurantes do Rio ,o Fellini , se vc não conheçe , não deixe de conhecer, ate porque as sobremesas deles são super famosas, fica a dica.
abs,
nelson
Nelson,
Eu conheço o Fellini, um bom restaurante de comidas ao kilo, bem lembrado ! Obrigada.
Majô, qdo os tripulantes do Rio Grande do Sul(POA) estiveram aqui .Recomendei uma passadinha lá.Tomara que tenham ido e ainda falei dê a dica pros Destemperados.
Abs
Relógio doido, aqui em casa o cebolão marca 2200hrs do dia 08.
Julio, já fui muito ao Felini, mas faz muito tempo que não vou. Não sei se a Sylvia e o Mario chegaram a ir.
O relógio tá mesmo doidão, tenho que achar onde acerta 😉
Majô
Seria o Fellini o sucessor de um restaurante que havia na decada de 70 na mesma esquina com uma boa varanda e que se chamava Cantina (102 0u 104 ou qq numero- era o numero da casa na rua)?
Era italiano e havia uma sobremesa “mele cote” (mçã assada) que normalmente é doce que se come em casa, e eu adoro, mas dificil de encontrar em restaurante.
O Ric’s, criado pelo Ricardo Amaral e que nestes mesmos anos lançou o crepe, era na esquina com a Antero de Quental ou onde foi o Gordon, na Dias Ferreira com Ataulfo?
Bons Tempos!!!
Abs
Renato
Renato, pode ser, mas não lembro desse restaurante, meus neurônios não alcançaram 🙄
Ai, essa maçã assada é uma delícia, com manteiga e açucar e pode ser feita no microondas rapidinho.
Também não lembro onde ficava o Ric’s, talvez esquina da Dias Ferreira com Ataulfo de Paiva, ou seria na Pça. N.S. da Paz, onde o Ricardo Amaral sempre teve restaurantes e/ou boites ?
Majô
Continuarei na pesquisa que voce agora provocou ao mencionar o Kurt, sobre o tal Restaurante Cantina ??? na Gen Urquisa.
Quanto ao Ric’s que lançou a moda do crepe em fast food, certamente era no Leblon, mas meus neuronios também já apagaram este endereço.
Abs
Renato
Majo,Renato e Julio,
No local aonde é o Fellini ,que diga de passagem esta ha 15 anos lá ,foram diversos restaurantes inclusive a tal Cantina Buonassera , foi tambem um local super badalado que funcionova 24 hrs e era point na epoca o Tarot , assim como foi por ultimo um restaurante de peixes de agua doce que pouco tempo fechou .
No final da dias ferreira houve um Gordon o Rick´s era em Ipanema
eu sou muito fã do Fellini !
abs,
nelson
Majô e Nelson
Realmente existiu a Cantina Buonasera, mas eu jurava que era um numero. Esta mesma Buonasera depois apareceu em outro bairoo, não sei se em Botafogo, perto do Humaitá e na Barra.
Quanto ao Ric’s que lançou o crepe em loja de fast food, era numa esquina ,diante de uma praça, que eu pensava seria a Antero de Quental. Dol Gordon lá na DF com AP me lembro bem. Onde seria o Ric’s de Ipanema?
Abs
Renato
Grande Nelson ! Você trouxe meus neurônios de volta 😉 Cantina Buonasera, é ela. O Tarot não era uma boite do lado que está há séculos fechada ? Ou seria horse alguma coisa ?
Preciso voltar no Fellini, nunca mais fui. Será que bate o Couve Flor que é ótimo, como comida ao kilo ?
É isso mesmo, quem antecedeu o MacDonald’s na esq. da Dias Ferreira com Ataulfo de Paiva foi o Gordon. Aliás, acho que o Mac fechou, foi vendido.
Renato, Rick’s era na praça N.S. da Paz. Com excessão do Gattopardo na Lagoa, todas as casas noturnas e restaurantes do Ricardo Amaral foram na Praça da Paz, na Barão da Torre, por ex o Hippopotamus.
Baluarte ali no Lebon é a Flora N.S. de Fátima, onde compro rosas há anos da D.Guiomar, ao lado da livraria. Ela sempre tem rosas fresquíssimas.
Outro baluarte é um fotógrafo perto da Bartolomeu Mitre, o Delacroix. Ele é genro do senhor que era dono da papelaria Casa Estrela, na Ataulfo.
O meu comentario que virou estrela foi sb a super dica da Majô e do Julio , pra não deixar de ir ao Kurt . Fomos varias vezes , amaaaamos e trouxe para casa de lá as únicas compras feitas na cidade maravilhosa : varios pacotinhos feitos de farinha, glicose, açucar e outras delicias .
Aqui em Poa tem uma confeitaria alemã , cuja especialidade são os marzipans , e que é tão delicia quanto o Kurt . Eu coloquei o atalho aqui , e certamente foi por isso que desapareceu . Agora vai sem o link :
http://www.leckerhaus.com.br
Sylvia, não dava pra deixar de passar lá, né ? Ai, levar esses pacotinhos na bolsa, tentação 🙄
Imagino esta confeitaria, já dei uma olhada no site, cada torta nham Aliás, no sul com forte influência alemã, acrdito que haha várias 😉
Majô,
O Tarot era no mesmo local , da cantina Buonassera , o ” ___ Horse” era ao lado de onde é o Fellini ,que hoje é a Body tech academia de ginastica nesta casa que tambem foi Bella Blu , haja reminiscencias !
O Couve flor é muito bom tambem ,mais o Fellini para mim é diferente , é uma casa aonde vc é atendido pelos donos e todos os dias o cardapio é diferente trazendo sempre surpresas e seu creme brullé é para Frances algum botar defeito , além das sobremesas que sou fã, deve ser o astral da rua ,ter 2 casa de doces tão gostosos , acho que vc deveria voltar e comprovar .
abs,
nelson
estarei indo para Maldives e India amanhã
Nelson, falou em creme brûlée é pra já, adoooro.
No Couve Flor eu gosto também do atendimento, a dona e a filha estão sempre por ali e a comida é caseira.
Irei lá sim !
Maldives e India, êpa que viagem mais bacana !! Ótima viagem e nos traga notícias e se possível fotos !!!
Majô,
A-ca-bei de voltar do Casa Cor e adivinha “di-aonde” era o bufê? nham-nham-nham… do Aquim. Me esbaldei. Nem achei a exposição grandes coisas não. Aliás, em 2005 foi a mesma coisa, eu gostei mesmo foi do almocinho no Aquim.
Melin,
Não me diga, fiquei com água na boca 😉 O que que você comeu ?
Ué, cê não gostou ? Estava pensando em ir porque achei que estava bacana. Todas as que eu fui gostei, a não ser no Marina All Suites que estava muito apertado pra andar.
Primeiro uma saladinha de tabule com figos, inesperados, acompanhados de outra saladinha de tomatinhos cereja e muzzareliquinhas de búfala. Salmão com uma crosta de folheado e molho de ervas. Risoto de pato (arrepiante!), quiche de queijo e funghi e purê de mandioquinha (o clássico da frescuragem!). Pra arrematar tudo isso, um mil folhas de chocolate com sorvete de doce de leite e uma telha de amendoas. Sem contar o espresso, com adoçante (cúmulo do cinismo, né?). Agora eu deveria voltar a pé da Lapa pra Copacabana pra me redimir dos pecados :-))))))))))
A expo em si achei entediante: eram muitos lofts, todos muuuuito parecidos, entrando pela cozinha (americana, naturalmente), com os mesmíssimos equipamentos em todas elas, os mesmos acabamentos (vidrotil) as mesmas louças (deca, inclusive os mesmos modelos). O piso era i-gua-lís-si-mo em todos os ambientes: carpete de madeira. Sabe o que parece? o que fazer com o material do seu patrocinador, em arranjos diferentes. Não vi nenhuma solução arquitetônica mirabolante, nenhum móvel de design arrojado…parecia mais a expo Morar Mais Por Menos, com um toque de glamour dado pela beleza da casa 😉
Humm, essa saladinha com figos, o salmão, o risoto de pato e esse mil folhas, djilicia. Esse purée de mandioquinha/batata baroa é facinho de fazer, eu adoro. Cozinha as batatas, depois amassa e bate com colher de pau, um pouquinho de manteiga e leite, pronto. Hehe eu faço muito isso, depois da comilança fechar com um café com adoçante pra me sentir que zerei as calorias 😉 Quanto foi a comilança ?
Mas que mesmice e são arquitetos bons. Não tem um piso de uma pedra verde lindão, achei que tinha lido algo. Eu queria ver umas venezianas que são superpostas à vidraça como cortina pra resolver a burrice, ou melhor pão durice das construtoras em eliminar venezianas e só deixar vidraças em cidade tropical.
É uma tal veneziana caribenha? Essa eu vi ano passado, não me lembro dela esse ano lá não. Os únicos pisos interessantes eram os poucos que restaram originais da casa: alguns taquinhos bem fininhos e utros de ladrilho hidráulico, que inclusive viraram o “logotipo” do empreendimento imobiliário que está subindo no terreno, que já foi da IESA e da Montreal Informática.
O buffet sai por R$ 50,00 e as sobremesas em torno de R$ 18,00. Será o mesmo preço do Leblon?
Eu não sei se é caribenha, vende na Orleans, me pareceu muito interessante, ela encaixa por dentro. Ladrilhos hidráulicos são lindos, entendi, eles pegaram o original bacana da casa, era o Colégio Sacre Coeur de Marie.
Eu não sei os preços quando passar por lá dou uma olhada.
Esses doces artesanais me parecem saborosíssimos!Lindo post.
Zuzu,
Se você ainda não conhece, não sabe o que está perdendo, são deliciosos 😉
Obrigada 😳