Com a família Luz à Ilha de Páscoa

Iorana                                                                                               11/02/09

Cara síndica Majô.

Nós, condôminos da família Luz, pedimos mui respeitosamente que publique o nosso post sobre a viagem ao Chile com passagem por Santiago ( 3 noites, 1 na  ida e 2 na volta) e Ilha de Páscoa ( 5 noites).
A participação dos condôminos será da seguinte maneira : Débora, a esposa fará um fotolog ao final do relato; Renata,a filha participará com todas as fotos panorâmicas e devidamente identificadas e legendadas e eu, Eduardo, relatarei toda a expedição.
Esperamos que este pedido seja deferido !

Grato. Dé, Re e Edu.

               Só não vimos coelhinhos na Ilha de Páscoa

Iorana !
Muita gente nos perguntou por que escolhemos a Ilha de Páscoa? Ou melhor, onde ficava ? Ou ainda, o que fazer lá ?

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Bem, leia este post que estas questões serão devidamente esclarecidas.

Como uma pista pra entender o porque, está Santiago.  Cidade a 45 min da Cordilheira dos Andes e a 90 min do mar, onde a visita a Viña del Mar e Valparaíso é obrigatória, é a capital de um país em que ao sul temos o verde úmido da Patagônia e dos lagos, ao norte, o sol desértico do Atacama e como bonus, é rodeada de vinhedos de boa qualidade !

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Passear por Santiago ( ainda que seja por uma noite na ida e duas na volta) já vale à pena. Fomos ao Museu da Moda ( uma dica do Riq) que é interessantíssimo e está com uma exposição maravilhosa que mostra o paralelo entre a Guerra e Sedução ! Pena que não se pode tirar fotos, a não ser da placa !

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Ainda fomos na Cebicheria La Mar, aproveitando pra conhecer um restaurante que deve abrir brevemente uma filial aqui em SP. 

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Já no outro dia, embarcamos pra Ilha de Páscoa que é (guardadas as devidas proporções) uma Fernando de Noronha do Chile, só que com uma pequena (grande) diferença. Ela fica a 3900 km da costa chilena, em pleno Oceano Pacífico e é considerada o território mais distante de qualquer outro lugar habitado no planeta. Inclusive, é chamada de ” o umbigo do mundo” !

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 Mais conhecida como Rapa Nui ( alguém se lembra do filme com o Keanu Reeves ?) , a ilha  é triangular, tem 160 km2 com a maior dimensão de 22 km e  lá existem mistérios até hoje não totalmente decifrados.

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Por que ir pra lá ? A teoria da família Luz ( nós mesmos) é a seguinte : se gostamos de um aeroporto em qualquer conexão, a cidade já é candidata a uma próxima viagem. E foi o que aconteceu quando fomos à Polinésia e fizemos uma breve parada por lá !

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O que faltava ? Uma hospedagem de primeira. Quando descobri que a rede chilena de hoteis explora tinha inaugurado um lá no começo de 2008, o projeto da viagem se viabilizou.

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Enfim, chegamos a Rapa Nui que pra quem não sabe, significa “grande pedra”! Como todos os passeios estavam incluídos, a única grande questão seria escolher o que fazer !

FOTO da Re : panorâmica da ” fábrica dos moais” 

   
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Inicialmente, optamos por conhecer a “oficina” dos moais, o monte Rano Raraku. Eles eram esculpidos lá ( mediam de 6 a 12 m de altura) e transportados por kms até os ahus, as plataformas que se localizavam normalmente perto do oceano e este transporte se realizava através de pedras redondas ( com eles em pé!), de troncos de madeira e segundo alguns, usando legumes tais como batata pra diminuir o atrito . Fico imaginando a reclamação quando a esposa fazia purê pro almoço !!   

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Existiram 3 tipos distintos de moais que foram feitos em épocas diferentes, todas com menos de 1000 anos de idade .

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Almoçamos ( e não tinha purê !) na praia ou melhor, num “cenário” montado pelo explora com direito à piscina natural e  tudo o mais.

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Ainda demos um pouco de sorte e à tarde fomos a única cidade da ilha, Hanga Roa, onde os 4000 habitantes comemoravam o seu carnaval, uma das atividades do Tapati, a grande festa anual dos Rapa Nui que dura duas semanas com as mais variadas competições ( dança, natação, pesca) e é inter-familiar.

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Todo mundo peladão (qualquer semelhança com o nosso carnaval é mera coincidência!), com o corpo enlameado e pintado. É quase uma disputa entre o Caprichoso/Garantido onde a finalidade é eleger uma Rainha !

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No 2º dia, fomos caminhar ( uns 10 km) pela costa. Começamos pelo Ahu Tongariki, a plataforma mais famosa da ilha como os seus 15 moais ( estes foram reposicionados pelo governo japonês). Frize-se que os moais representavam  os chefes das tribos e é claro que a disputa para ter o maior era intensa ! Os chapéus são chamados de “pukao” e não tem uma explicação definida a não ser a possibilidade do moal ficar maior ainda !!  

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Todos os moais foram recolocados no seu lugar já que em algum momento, todos eles foram derrubados. Segundo as teorias existentes ou eles foram empurrados ( normalmente pra frente pra que seus olhos não vissem quem fez isso) devido a uma guerra interna e/ou devido a um tsunami que aconteceu há 100 anos.

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Acabamos esse tour na praia mais famosa ( e uma das duas únicas com areia em toda a ilha), a Anakena, onde mais uma vez, o explora montou um de seus almoços e ainda aproveitamos pra tirar uma foto oficial internacional do pin VnV.

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 FOTO  da Re – Vista da praia de Anakena, uma belezura!

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À tarde, fomos caminhar mais um pouco pela costa Noroeste. Vimos como os Rapa Nui viviam e entramos em cavernas ( são muitas, devido a formação vulcânica da ilha) com direito à vista pro mar no meio de penhascos.

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Terminamos o passeio no Ahu Tahai, próximo ao Museu e no lugar onde está o único moal com olhos.

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Estes olhos são falsos pois todos eles foram roubados e os únicos originais se encontram no próprio museu. Diz-se por lá que os olhos são a alma dos moais e por isso, eles só eram colocados neles quando já estavam nas plataformas.

No 3º dia, encaramos a subida até o ponto mais alto da Ilha, o Maunga Terevaka.

FOTOS da Re – Panorâmicas do morro Terevaka, onde  meditar é obrigatório

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Foi cansativo ( mais de 4 hs), mas valeu ! Imagine um lugar onde você tem uma vista de 360º da Ilha com direito a ver como  skyline só o Oceano Pacífico? Lindo e deu pra meditarmos profundamente ( a Dé adorou!)! Oooooommmmmmmmmmm.

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À tarde fomos conhecer o processo e a técnica da construção dos ahus, as plataformas. Inclusive, é expressamente proibido pisar na área destinada a elas já que são consideradas sagradas. Vimos pelo menos 3 tipos distintos, demonstrando que os Rapa Nui detinham conhecimentos de arquitetura, engenharia e astronomia.

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Aproveitamos pra conhecer o Oceano Pacífico na sua plenitude. Ondas enormes …

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 … água azul clarinha …

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  .. formações rochosas …

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 e entendemos o porque da água mole em pedra dura ….

FOTO da Re –  … explicando o tanto bate até que fura.

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No 4 º e último dia, fomos ao Orongo, segundo todos ( e confirmamos), o passeio mais bonito da Ilha de Páscoa.

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Mais uma super-caminhada e na subida!

FOTO da Re –  a cratera num ângulo muito bonito

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3 hs depois encontramos uma cratera com 1,6 km de diâmetro, no fundo do vulcão Rano Kau e onde existe um micro-habitat especial, talvez o único lugar com a vegetação original Rapa Nui !

Um espetáculo completo onde a água ( o lago) do fundo da cratera mais parecia um mapa-mundi vitrificado!

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 FOTO da RE – Super panôramica da cratera do vulcão

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Demos a volta em toda a  borda da cratera e terminamos no Parque Nacional Rapa Nui, o lugar onde acontecia a tal competição dos homens-pássaros, que não era exatamente como no filme já que eles não pulavam dos rochedos ( certamente morreriam!) e sim, desciam, nadavam até a ilhota (da foto abaixo), tinham que achar o ovo de uma fragata e voltavam nadando ao “continente” com ele! O primeiro a chegar era declarado o homem-pássaro e o seu patrocinador, o rei da Ilha por um ano! 

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Como estávamos cansados e o sol estava batendo forte, optamos por ir à tarde ao Ahu Tongariki ( o dos 15 moais ) pra tirar as melhores fotos da viagem pois a iluminação ajudava e muito.

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Aí foi só empacotar tudo e passar mais duas noites em Santiago com direito a um passeio espetacular por La Chascona, a casa do gênio Neruda…

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 … uma ida a casa do excelente chef peruano Gaston Acurio, o Astrid y Gaston

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…. e a nossa aventura terminou.

E terminou com uma certeza : a de que a Ilha de Páscoa vale uma visita,  pois a natureza é belíssima, a cultura Rapa Nui é muito interessante e apesar do mistério todo, você consegue entender bastante sobre o porque dos moais estarem por lá !  Ou o no mínimo, você verá o céu mais lindo e limpo que nós jamais vimos e  um nascer-do-sol como este :

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 Até a próxima ! Maururuu !

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Fotolog da Débora.

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Nada como uma cama confortável e uma sopa revigorante. Se é explora, então …

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A recepção foi amigável !

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Foi incrível descobrir que lá tem mais cavalos do que pessoas.

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Isto é uma plantação de moal ?

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Eu gosto das coisas bem feitas! Eu juro que nós tentamos endireitar este moal.

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Não tem areia nas praias. Mas as piscinas naturais são coloridas e transparentes.

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Eu bem que falei : Olha a onda !!!

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Carnaval na Ilha de Páscoa : GRES Tradição Rapa Nui.

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Como em toda turma, sempre tem alguém  mais estiloso.

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Apesar da quantidade de cavernas, só tive coragem de entrar numa gruta que na verdade era um observatório astronômico.

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Momento esotérico : tocamos no umbigo do mundo, que é uma  pedra arredondada e super-energizada. Estranhamente, as bússolas não conseguem definir o Norte quando estão perto dela! 

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 Esta é a turma do design.

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Só tem uma praia com areia na ilha, a Anakena. E ela é incrível!

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7 moais. A única plataforma que não é próxima ao mar.

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Mais uma das teorias é que os ETs colocaram os moais por lá. Nós vimos um !!

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Andamos, andamos, andamos ….

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E chegamos ao ponto mais alto da Ilha. Impossível não refletir neste momento. Namasté !

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As paisagens são de tirar o fôlego.

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Prepare-se pra jogar fora as suas meias depois de tantas caminhadas.

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Ô carinha mal encarado! E aproveite pra perceber a falta de árvores em toda a Ilha.

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Foto auto-explicativa.

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Sem rádio, sem tv, sem telefone. O único som é o da natureza. E a impressão que tivemos é que todos os dias tiveram exatamente 24 hs muito bem aproveitadas.

Boas viagens !

Nota da blogueira: eu não disse que vinha  post  pedaçudo ?  Palmas para a família Luz !!!!!! 

Não deixem de visitar o blog do Edu Luz, Da Cachaça Pro Vinho pra aguçar as papilas gustativas 😉