Sicilia em imagens de satélite
A manchinha branca é a neve no vulcão Etna !
Ainda imagem por Satélite, Sicília e estradas.
Vejam a estrada de Siracusa para Palermo, a noroeste.
Domingo, dia 5 de agosto, depois de um bom café da manhã no Gutkowski, nos preparamos para deixar Siracusa. Fizemos o check out pagando 2 diárias, como acertado por e-mail e pedimos ajuda ao funcionário da recepção com a bagagem até o carro que tinha ficado estacionado na véspera, em frente ao hotel, à beira mar. Antes de entrar no carro ainda olhamos para aquele mar lindo à nossa frente, e nos despedimos de Siracusa, ciao bella.
Mapas na mão, seguimos em direção à estrada E45 até Catania, e em seguida pela A19 começamos a atravessar o centro da Sicilia, no sentido norte, para Palermo. O mapinha do Via Michelin está ali em cima.
Atravessamos montanhas e montanhas, grande parte da vegetação esturricada de tão seca. Diga-se de passagem, nenhum incêndio, quer dizer, ninguém joga cigarro pela janela. Subimos e descemos com nosso bravo Stillo que se comportou muitíssimo bem. Tudo ao som de Michael Bouble que Bia tinha comprado em Taormina.
Paramos no posto de gasolina da rede Autogrill, onde havia uma loja de conveniência. Já eram 14:00 e bateu a fome. Olhamos na geladeira, vários sanduiches apetitosos com aqueles pães maravilhosos. O escolhido foi com pão fininho tipo árabe, recheado com tomate e muzzarela de buffala, aquecido na chapa ficou djilicia. Acompanhando um suco de acerola com laranja e gatorade. Tudo 13,50 euros.
Em algum ponto da estrada, saí da A19 e passei para outra estrada à beira mar, o que não foi mal negócio, pois a paisagem mudou, vimos aquele mar lindo, agora o Tirreno e não resistimos, paramos mais uma vez num posto para abastecer e claro ver a paisagem. O mar lindo
e do outro lado esta paisagem verde com montanhas rochosas ao fundo. Enchi o tanque, tomamos um café e bora pra Palermo.
Continuamos em frente, já nos aproximando de Palermo, e tínhamos sido avisadas que a entrada na cidade seria mais complicadinha, pois é bem maior do que Siracusa. Abaixo está o mapa de parte da cidade. O pino amarelo, é o nosso hotel o Ucciardhome.
Palermo imagem de satélite
Ao entrarmos na cidade, uma marginal enooorme, fomos seguindo, seguindo, paramos para perguntar, sinistra, destra, rotonda e eis que ficamos perdidaças. Entra aqui, sobe ali, vira à esquerda, parei ao lado de um carro com um homem e falamos, hotel Ucciardhome, Via Enrico Albanese. Ele olhou o mapa e disse que estávamos na periferia, isto é fora da cidade. Mas, o que este anjo fez ? Entrou no carro dele, e fez sinal para que o seguíssemos. Por mais ou menos 15 min ou mais, atravessamos a cidade, entrando e saindo de ruas, e eis que de repente ele fez sinal para que parássemos. Estávamos na frente do Hotel Ucciardhome !
Não é o máximo ???? Agradeci muito a ele que me respondeu não ter feito nada demais. 😉 Tem recepção melhor a um turista que chega à uma cidade ?? Àquela altura, já estávamos amando Palermo 😆
Entramos no hotel, e logo se aproximou o Marco que com um sorriso de orelha a orelha, nos ajudou com as malas. 😆
O hall de entrada que vocês vêem acima nos deu uma ótima impressão com decoração moderna e clean.
O Ucciardhome tinha sido muito recomendado pela Léa que se empenhou para que nos hospedássemos lá. Pelo site vimos que era mesmo muito bacana, e fiz a reserva por e-mail.
Quarto grande com som e TV de plasma. O banheiro ótimo e bonito, como vocês podem ver com louças modernas, toalhas branquíssimas sempre, shampoo, secador, condicionador e tudo que temos direito. 😉 E importante, split !
Só que mais importante do que estarmos num hotel bacana e confortável, estávamos cercadas de pessoas alegres e sorridentes sempre, amáveis e eficientes ! Portanto, ao invés de colocar estas fotos no final do post, quero colocar no início, para vocês verem que nossa linda estadia em Palermo, deveu-se a eles: Lucia, Marina, Serena, Giuseppe, Mari e Marco !! Gràzie tanti carissimos !!
Marco era o anjo que no fim do dia, batia em nossa porta com toalhas felpudas branquinhas e quentinhas, shampoo, condicionador, kit para unhas,etc.
O café da manhã era servido pela Mari, no térreo.
Reparem neste painel que legal. As fotos de todos os funcionários e embaixo está escrito PRISIONIERI DEL RELAX.
Pode-se tomar o café também neste jardim.
Nos instalamos no quarto, e fui tomar aqueeele banho, naqueeele box grande, com aqueeela ducha grandona, com aqueeele sabonete e aqueeele shampoo. As mulheres sabem do que estou falando 😉 Nada como aquele chuveirão maravilhoso. Depois, lavar umas blusinhas, já que em Siracusa não tinha dado tempo. Como o quarto era grande ficou mais fácil dar uma rearrumada na mala. Relax pois uma gripe estava querendo me pegar. Claro que mais tarde desci para escrever no blog para vocês. Os quartos têm wifi, mas euzinha não tinha laptop. Daí tinha que usar o computador do hotel, pufavô tem gente esperando, e eles amavelmente viravam o monitor pro meu lado, e eu ali em pé mesmo contava nossas andanças, um pouquinho cada dia, lá no post Viagem à Sicilia. Não havia computador comunitário.
2a. feira, descemos para tomar aquele café, servido pela Mari, com croissants à vontade, pães variados, capuccino, vários sucos, geléias, frutas, frios, incluindo parma que eu amo. Os frios ficavam naquele aparador (a foto está ali em cima) embaixo da foto da galera do Ucciardhome. Tudo beeem farto. O ambiente muito bonito, eu diria elegante discretamente.
Quando acabamos, fui conversar com Marina sobre passeio para Erice e Segesta, pois achei que ganharíamos tempo com um motorista, sem ter que entrar e sair de Palermo que vimos na véspera era demi chatinho. Sim, era um tour. Lea havia dito dito que ambos eram imperdíveis. Não deixem de ir à Segesta ! Cada pessoa 33 euros.
Aí estão Lucia e Marina no computador.
Em seguida, saímos para fazer o reconhecimento da área e andar por Palermo. Em frente ao hotel há o presídio Ucciardhome, por isto o nome do hotel.
Na imagem de Satélite de Palermo, lá em cima, onde está o alfinete amarelo, vocês podem ver a estrutura do presído na frente. Posso dizer que o local é calmíssimo, a rua uma tranquilidade. Beem diferente dos presídios brasileiros. 😉
Eu precisava descarregar as fotos, pois meus 2 cartões de memória estavam esgotados, e eu odeeio apagar fotos.
no caminho, as motos,
os carros gracinhas,
e os Smart que são uns fofos.
Palermo, do grego Pan-Ormos é a capital e principal cidade da Sicília. Foi fundada pelos Fenícios no século 8 A.C. num porto natural na costa noroeste da Sicília. É considerada a cidade mais conquistada do Mundo devido aos inúmeros povos que ali habitaram e lutaram: fenícios, sículos, gregos, romanos, bizantinos, árabes, cristãos, judeus, normandos, espanhóis, franceses, italianos. A arquitetura da cidade mostra as diferentes influências de estilo.
Sim, Palermo ainda tem charretes que convivem com a modernidade.
Teatro Politeama Garibaldi
Como eu dizia lá em cima, procurava uma loja para descarregar as fotos. A Marina tinha nos indicado loja na rua Cavalaro Salvatore, na Piazza Castelnuovo. Achamos a loja, entramos e já fiquei maluquinha com os gueri-gueris eletrônicos. Consegui o adaptador universal que os free shops não tinham. Lembram o post que o Riq fez há alguns meses sobre adaptadores ? Só que quando começávamos a distrinchar a variedade enorme de itens da loja, fomos convidadas a sair, pois iam fechar para hora do almoço. Só consegui pagar o que já tinha separado: óculos escuros bonitos e baratos e bolsinhas para MP3 ou celular, com cordinha para pendurar no pescoço, que estavam no balcão. O adaptador custou 14,90 euros. As bolsinhas em torno de 5,90 cada e os óculos em torno de 38 a 40 euros. Fotografo depois e coloco aqui. Me arrependi de não ter comprado roteador nessa loja, vi no encarte depois que saimos da loja, o preço era bom, mas acabei não voltando lá. Por experiência em viagem aprendi que é assim, gostou compra na hora porque em geral você não passa lá outra vez. Detalhe a loja não descarregava fotos, mas indicou outra. Atravessamos a rua, e fomos na Centro Foto Di Marches, na Via Emerico Amari, 154. Não podiam descarregar na hora porque não tinham CD, só que vi 2 cartões de memória a um preço convidativo. O de 1 Gb a 18 euros e o de 2 giga a 26 euros. Levei os 2, só tinham aqueles. Posso dizer que no ano passado, o cartão de 1Gb no Free Shop custava 100 dólares, não comprei porque achei caro. Bem, saí da loja com o problema resolvido. 😉
Comecei a procurar farmácia para comprar vitamina C , não só há poucas, como também fecham no horário de almoço, todo mundo faz sesta. Resolvemos procurar algum lugar para almoçar já que passando de 2 da tarde, os restaurantes não servem mais almoço. Tínhamos descoberto na esquina da R. Archimedes um café que tinha saladas com boa cara. Sentamos e o rapaz que nos atendeu era uma simpatia e com super boa vontade, o que ajuda que a refeição fique mais agradável, concordam ? Brasile, Maracanã, Corintians, Ronaldinho, Kaka, futebol, sorriso de orelha a orelha, pronto tudo em casa. Pedimos um prato de abobrinhas e beringelas assadas e uma salada de peito de peru defumado, atum, milho, raddichio, tomates e suco de pera. Porções generosas. Pão e azeite, tudo ótimo. Espresso para fechar.
Quanto pagamos ? 25 euros.
Deixo essas fotos de Castellmare del Golfo para o relax do domingo. 🙂
O Teatro Maximo construido entre 1875 e 1879, tem o maior palco da Europa depois do Opera de Paris.
A arte renova o povo eles sabem o que dizem.
Como eu tinha comentado no post Viagem à Sicilia os europeus aderiram ao split.
Andando pela Enrico Albanese, roupas secando penduradas do lado de fora da janela, colchas, lençóis, na altura dos transeuntes. Pensamos, imagine isso no Brasil, em pouco tempo estas roupas não estariam mais aí 😉
E a segurança em Palermo ? Eu havia lido nos guias, tanto no Frommer’s quanto no Rough Guides, alertas sobre cuidados a serem tomados em Palermo com o roubo de bolsas e carteiras nas ruas, e que as mulheres evitassem ruas escuras.
O que eu posso dizer é que não tivemos nenhum problema com segurança em nossa estadia na cidade, mesmo à noite quando voltávamos a pé para o hotel que ficava afastado do centro. No stress. Acho que os brasileiros que moram nas maiores cidades no Brasil estão vacinados.
Sobre a Mafia, o que ouvi é que sua ação ficou bastante reduzida depois da intervenção de dois juizes, Falcone e Borsallino, na década de 90 a quem o povo é muito grato. Em sua homenagem, o aeroporto internacional Punta Rasi, em Palermo chama-se Falcone Borsallino. Os restaurantes ainda teriam que pagar para não serem molestados, não sei se é verdade. Como a Carmen comentou, a Mafia tem tentáculos que para nós não são visíveis. Lembrei ter assistido na TV, uma entrevista do Ricardo Amaral, empresário da noite que teve boate em Nova York. Ele dizia que a Máfia tem controle sobre as boates lá. Tem mensalão também.
Eu diria que esta prática de extorsão e corrupção generalizou-se no mundo, inclusive no Brasil, vide mafia dos bingos, sanguessugas, mafia dos caça níqueis e outros, vergonhosas. E também as milícias e poderes paralelos que decidem se o comércio abre ou fecha, ou até se o povo pode ou não andar nas ruas.
O que soube é que a Sicilia beneficiou-se muito com o incremento do turismo.
Ainda não tinha feito comentário sobre a alteração de roteiro que fizemos. Havia um roteiro sugerido pela Lea em que saindo de Siracusa, seguiríamos pela costa, parando em Siacca um dia e em Erice, outro dia. Dali seguiríamos para Palermo. Decidimos ir direto para Palermo, evitando o entra e sai de hotel, e fazendo Erice a partir de Palermo, num bate e volta, o que ficaria menos cansativo. Ao invés de entrarmos no Ucciardhome na 2a., antecipamos para domingo, o que com um telefonema de Siracusa foi resolvido.
À noite, jantamos no Al Bagatto indicado pelo hotel, em frente à praça Giardino Garibaldi. Agradável com mesas com ombrelones na área externa. A massa com molho pesto e camarões, boa, não excepcional. Com expressos: 28 euros.